terça-feira, 31 de agosto de 2010

O sobe e desce das jogadoras após o Grand Prix

É sempre assim. Quando terminamos uma competição tão importante como o Grand Prix, fazemos uma análise para saber quem foi bem, aquela que decepcionou, a jogadora que pode ser aproveitada e outras que tiveram chances e não renderam.
Das 14 que participaram do Grand Prix, Jaqueline foi a mais regular e melhor jogadora da seleção na competição. É hoje fundamental no esquema e nossa atacante de segurança.
Sheilla não fica atrás. Titular absoluta e tão imprescindível quanto Jaqueline. Sheilla esteve mal apenas diante do Japão, mas ela não é perfeita e tem créditos de sobra.
Nossas centrais foram bem. Thaísa rendeu e jogou mais que a capitã Fabiana, mas as duas seguem intocáveis.
Mari era titular absoluta até se contundir e só não estará no mundial se realmente tiver rompido os ligamentos do joelho. Apesar da 'pressão' de Paula no banco, Mari é mais jogadora e só perdeu a posição por causa da contusão.

E Paula ?

Quando entrou em algumas partidas parecia pesada e lenta, sem ritmo de jogo. Contra Japão e Polônia quase não pontuou. Tudo bem que a levantadora não ajudou, mas é fato. Paula fez um bom jogo no Grand Prix que foi exatamente contra os Estados Unidos. Infelizmente, Paula não teve sorte e se machucou. Se voltar para jogar o mundial, pode não ser titular, afinal 40 dias sem jogar é muito tempo.
Respeito muito Sassá. Ótima de grupo, educada, mas foi mal no Grand Prix. Raramente foi usada e quando entrou em quadra não rendeu o esperado no saque e no passe.
Natália é nossa curinga. Pode jogar de oposta ou ponta, mas quando é escalada de início rende muito mais. O ideal seria que tivesse o mesmo rendimento quando fosse chamada no meio do jogo, mas ainda não foi assim. Se adaptou rapidamente como ponteira na vaga de Paula e teve algumas dificuldades quando foi bloquear, algo normal por causa do posicionamento de uma jogadora de saída de rede.
Adenízia quase não foi testada, mas é uma atleta de valor. Deveria e poderia ter jogado mais.
Camila viajou claramente para pegar mais experiência e foi pouco aproveitada. Erro da comissão.
Fabi ainda é titular, mas não é a mesma jogadora de 2009. Simples.
Joycinha quando foi usada aprovou inteiramente. Foi outra que quase não jogou, mas deve ser a reserva imediata de Sheilla a partir das contusões. Tem potencial e credibilidade.

E as levantadoras ?
Bem, no caso de Dani Lins, acho que ela foi fritada e perdeu espaço. Achei injusta a forma como Dani foi afastada do time e espero sinceramente que Dani seja ainda aproveitada. Tenho certeza que Zé Roberto ainda vai precisar dela e torço muito que tenha sido mesmo um simples teste usar Fabiola como titular na reta final do Grand Prix.
Acho Dani melhor, tem mais experiência e muito mais segura que Fabíola. Segura nas ações dentro e fora de quadra, pareceu indiferente a suposta 'barração'.
Fabíola não passa firmeza, joga na base das orientações do banco e tem o grave defeito de não saber ler o bloqueio adversário. Como disse anteriormente, Fabíola não tem maturidade e muito menos personalidade para ser titular da seleção.
Espero de verdade que Zé tenha apenas testado Fabíola, direito dele. Não dá para jogar um mundial com Fabíola de levantadora.
No geral talvez tenha faltado a comissão técnica da seleção dar mais chance e ritmo de jogo para jogadoras como Adenízia, Natália, Camila e Joycinha. Hoje são reservas, mas todas com enorme potencial e substitutas imediatas no meio, na ponta, como líbero e na saída de rede.
Zé Roberto deve convocar ainda essa semana ou no mais tardar no início da outra, a seleção para o mundial do Japão. A lista só será elaborada após Mari e Paula serem examinadas e os médicos determinarem qual prazo as duas levarão para voltar aos treinamentos.
Tomara que Mari e Paula possam estar no Japão. Mas confesso que não estou otimista quanto ao aproveitamento de Mari e tenho minhas dúvidas em quais condições Paula poderá chegar ao mundial.
Sendo assim, Joycinha deverá ser 'efeitivada' entre as 12 e Natália virar ponteira passadora. Outras jogadoras poderiam ser lembradas, mas acho improvável que Zé Roberto mude esse raciocínio.
Improvável mas não impossível. Depois da decisão de escalar Fabíola tudo é possível, mas faltando 60 dias para o mundial seria incoerente não aproveitar Joycinha como oposta e Natália de ponta. Sassá corre risco, mas os serviços prestados podem ser determinantes. No caso das levantadoras o tempo vai nos dizer se realmente tudo não passou de 'um grande susto' ou se Zé Roberto realmente pretende investir em Fabíola. Tomara que não. O caminho mais óbvio, simples e normal seria usar Dani Lins. Resta saber se a 'brincadeira' não desmotivou a levantadora do Rio de Janeiro.
Como escrevi anteriormente, Zé tem crédito suficiente para testar e mudar o que desejar na seleção. Mas sinceramente, tomara que eu esteja errado, acho que Zé perdeu Dani Lins ao testar Fabíola.

Ana Tiemi poderia ser lembrada ?

Claro, porque não.
Está no bolo, isso sem falar na possibildade da volta de Fofão que será decidida nos próximos dias.
O maior problema da seleção era encontrar uma levantadora que fosse capaz de assumir a condição de titular. Substituir Fofão é impossível, mas Dani Lins caminhava para cumprir bem esse papel.
Agora com a proximidade do mundial, ao invés de ter encontrado a solução, a seleção pode ter ganho um problema.

Fonte: Blog Bruno Voloch

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