quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Com maiores seios da seleção, Thaísa se adapta ao silicone e ganha holofotes

Dona do melhor bloqueio do Grand Prix e maior pontuadora da seleção brasileira feminina de vôlei após a primeira semana, Thaísa foi destaque dentro da quadra do ginásio Milton Olaio Filho, em São Carlos (SP). Fora das quatro linhas, a central também ganhou os holofotes: está mais bonita e confiante. A jogadora de 23 anos fez cirurgia plástica nos seios em 2009, se adaptou rapidamente ao silicone e impediu que as novas formas atrapalhassem o desempenho no esporte.
Eu era uma vareta. Quando você se sente mal, tem mais é que colocar mesmo. Não tem nada melhor do que se sentir bonita e feliz. Em primeiro lugar eu odiava meu nariz, que tinha característica da minha descendência libanesa, e quis operar. Aproveitei e fiz as duas cirurgias em uma só", contou Thaísa ao UOL Esporte.



A central do Sollys/Osasco aproveitou a intertemporada do ano passado para fazer as cirurgias estéticas logo após a derrota de sua equipe para o rival Rexona (atual Unilever) na final da Superliga, em abril de 2009. Nome certo na seleção brasileira, Thaísa teria que perder parte do período de treinamento para se recuperar do implante da prótese de silicone (450 ml).
"Conversei com o Zé [Roberto Guimarães, técnico da seleção]. Claro que ele aprovou e disse que se era o que eu queria, eu tinha mais é que fazer mesmo. Nunca ia fazer sem falar com ele. Mas estava muito ansiosa para voltar a treinar e encurtei o período de repouso de um mês e meio para quatro semanas", revelou a jovem central.
O técnico José Roberto Guimarães tirou de letra a situação e confirmou o apoio à decisão de Thaísa. "A conversa foi normal. Eu estou acostumado a lidar com mulheres por causa da minha esposa e minhas filhas. Essa situação da estética para a mulher é importante. Não tem nada melhor do que se sentir bem. Se vai melhorar a autoestima é válido. Eu não vejo problema e dou a maior força", opinou.
Pouco tempo após a cirurgia, Thaísa foi para o Centro de Treinamento em Saquarema (RJ) e disse que teve a ajuda das companheiras de equipe para completar a recuperação. "As meninas ficaram ansiosas e queriam pegar para ver como era. Como me apresentei à seleção logo depois, elas me ajudaram bastante até com os curativos. Fabi e Sheilla colocavam a roupa para mim, porque eu não podia levantar o braço", relembrou.
Dona dos maiores seios da seleção, Thaísa demonstra mais segurança inclusive nas entrevistas. No entanto, não são apenas as mudanças nos atributos físicos que atraem os holofotes. A jovem central foi o destaque brasileiro na primeira semana de Grand Prix. Adaptada ao silicone, ela apresentou evolução em relação ao mesmo período de jogos do torneio do ano passado.
Na primeira semana da edição de 2009, Thaísa somou 28 pontos nos jogos contra Porto Rico, Alemanha e Estados Unidos. Em São Carlos, no último final de semana, a central foi responsável por 33 viradas de bola — maior pontuadora brasileira na competição até o momento. A jovem de 23 anos soma ainda 11 pontos de bloqueio, mesmo número da holandesa Caroline Wensink e da japonesa Kaori Inoue — todas no topo da lista do fundamento.
Mesmo com o aumento dos seios, Thaísa contou que não sentiu dificuldade de adaptação em quadra. "A comissão técnica do Osasco disse que eu não estava rodando direito o braço, mas acho que era uma forma inconsciente de evitar movimentos bruscos".
A precaução ocorreu mais no período pós-operatório e já não assusta mais. "A preocupação era de ela tomar bolada e abrir os pontos. Mas foi tudo tranquilo e deu certo", confirmou Zé Roberto, que também 'liberou' Paula Pequeno para a cirurgia de aumento da mama. A ponteira, no entanto, preferiu não falar sobre o assunto.
O cirurgião plástico do Hospital Sírio Libanês, Alexandre Mendonça Munhoz, confirma que não há grandes risco para esportistas siliconadas. "É pouco provável romper. As próteses de última geração tem uma resistência física muito grande. São oito camadas de proteção e não arrebenta nem na mão. Mesmo com uma bolada de uma cortada muito forte é difícil estourar. Elas resistem até a acidentes de carro, por exemplo. E se tiver esta possibilidade em um impacto muito forte, a pessoa corre o risco de romper uma costela ou ter outros traumas", explicou. Uma prótese dura entre 15 e 20 anos.
O especialista que esclarece ainda que a cirurgia mais comum entre as atletas é a plano duplo (parte da prótese embaixo e outra em cima do músculo peitoral) ou plano subfacial (na frente do músculo atrás da membrana). "Estes são os mais indicados para as esportistas, que são pacientes com hipertrofia no músculo peitoral e de baixo índice de gordura. Dá um resultado estético melhor e não interfere no músculo", disse Munhoz, que já fez a cirurgia em atletas.

Fonte: UOL

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