quinta-feira, 5 de agosto de 2010


O Grand Prix de Voleibol é uma competição de voleibol feminino. Criada em 1993, ela é considerada a versão feminina da Liga Mundial. Em 2004 o torneio distribuiu um milhão e duzentos e noventa e cinco mil dólares em prêmios.

Origens

O Grand Prix foi criado em 1993, como parte da estratégia de marketing da FIVB para a popularização do voleibol em escala mundial. O princípio consistia em criar competições anuais desta modalidade esportiva envolvendo times de alto nível. O formato do torneio foi baseado no da Liga Mundial, um evento masculino que fora introduzido três anos antes.

O Grand Prix teve ótimos resultados no leste da Ásia, onde o voleibol feminino tornou-se uma modalidade esportiva bastante popular. Comparado ao masculino, entretanto, a falta de interesse do público ainda é perceptível em outras partes do mundo. Hoje (2004), o torneio é mantido principalmente através do patrocínio de investidores asiáticos.

O valor total dos prêmios concedidos em dinheiro vêm aumentando constantemente deste a criação do torneio em 1993. Em 2004, foram US$ 1.295.000,00 - uma quantia que, todavia, ainda parece pequena se comparada aos impressionantes US$ 13.000.000,00 da Liga Mundial.

Uma vez que a maior parte dos investidores é asiática, algumas regras que são empregadas na Liga Mundial tiveram de ser adaptadas para o Grand Prix. Por exemplo, a maior parte das cidades onde ocorrem as partidas das rodadas preliminares estão localizadas na Ásia. Os países que abrigam estas partidas não precisam nem mesmo ter um time diretamente envolvido na competição. Recentemente, uma outra diferença foi introduzida: em certos continentes, as equipes precisam passar por um processo de qualificação para participar do torneio.

Resultados anteriores

A história do Grand Prix deixa patente como o voleibol feminino foi dominado por quatro times: Cuba, Brasil, Rússia e China. Além da equipe dos Estados Unidos, campeã em duas oportunidades, estes são os únicos times que lograram obter o ouro neste torneio até 2006.

Em 1993, as cubanas ampliaram seu notável currículo de vencedoras nos Jogos Olímpicos de Barcelona com o título da edição inaugural do Grand Prix. Finalistas no ano seguinte, foram derrotadas pelo time brasileiro, o azarão da competição: naquela ocasião, o Brasil jamais ganhara nem mesmo uma medalha em qualquer torneio importante de voleibol feminino.

Nos anos que se seguiram, o grupo brasileiro provou que seu período de azarão havia terminado. Perdendo as finais de 1995 para os Estados Unidos, retornou com força total em 1996 para um segundo título do Grand Prix, vencendo todas as partidas que compunham o final four em cinco sets.



As brasileiras não participaram do competição em 1997, e o vencedor foi a Rússia. Elas retornaram, entretanto, no ano seguinte para um terceiro ouro no Grand Prix. Derrotadas na final, as russas vingaram-se em 1999, batendo a equipe brasilera em sets diretos para obter seu segundo título no torneio.

Novas vitórias de Cuba (em 2000) e Rússia (em 2002) equipararam as duas equipes com o Brasil, que era até então recordista do torneio, com três títulos. As brasileiras, entretanto, desempataram o placar conquistando a edição de 2004 da competição. Os vencedores em 2001 e 2003 foram Estados Unidos e China, respectivamente.



Na edição de 2005, uma das mais equilibradas dos últimos anos, as brasileiras superaram uma derrota para a China na fase final. Em 2006 o Brasil esteve novamente no lugar mais alto do pódio, ao derrotar a equipe russa por 3 sets a 1. O Brasil tornou-se então a primeira seleção a vencer por três vezes consecutivas o Grand Prix, ampliando a vantagem de títulos sobre as outras equipes.  Sem grande tradição no voleibol feminino até então, a equipe dos Países Baixos surpreendeu ao conquistar o título em 2007 com aproveitamento total na fase final, incluindo vitórias sobre equipes tradicionais como Rússia, China e Brasil. Em 2008, o Brasil voltou a ganhar o título, obtendo a sétima vitória nessa competição. Na fase final, o Brasil venceu as seleções de Itália, EUA, China, Cuba e Japão, perdendo apenas um set para a equipe chinesa. Repetiu o título em 2009 sem perder nenhum jogo em 14 disputados, totalizando a oitava conquista em sua história.

Como funciona a competição

O formato de competição empregado no Grand Prix tem se mostrado menos estável do que aquele adotado na Liga Mundial. Nos próximos anos, é bem possível que novas mudanças sejam introduzidas, com o propósito de tornar o voleibol feminino mais atraente para o público. Algumas das regras que ainda são praticadas em 2004 são:

Existe qualificação para o Grand Prix. Dependedo do continente, os times podem ter de disputar um torneio qualificatório específico, ou podem simplesmente qualificar-se com base no Ranking Mundial da FIVB.

A competição é dividida em pelo menos duas fases: uma preliminar, com um sistema rotativo de cidades-sede; e uma ou mais finais, com um ou mais países-sede.
A fase preliminar é dividida em "semanas". A cada rodada semanal, os times participantes são organizados em chaves, e cada time realiza um partida contra todos os outros times na sua chave. Todos os jogos de cada chave acontecem durante um fim de semana, na mesma cidade. A maior parte das cidades localiza-se na Ásia. As chaves podem estar sediadas em países que não possuem times disputando a competição. Em 2003 e 2004 devido a epidemia da SARS a fase final foi na Itália. Quando todas as partidas da fase preliminar foram disputadas, os n melhores times (no compto geral, sem levar em consideração as chaves) qualificam-se para a(s) fase(s) final(is), e o restante deixa a competição. O valor de n depende do número de times participantes e do formato que será adotado nas finais, mas é geralmente cinco ou seis.



Se estiver disputando o torneio, o país-sede (ou os países) qualifica-se automaticamente para as finais.



A FIVB já empregou diversos formatos diferentes para as finais. Originalmente, o modelo era um confronto direto entre quatro times ("Top Four") onde o vencedor era determinado pelos critérios habituais do voleibol: número de vitórias, média de sets (set average), média de pontos (point average), confronto direto. No início da década de 2000, o mais habitual foi adotar um formato misto: nas quartas-de-final, os times eram organizados em chaves, e os dois vencedores de cada chave disputavam semifinais e finais através de cruzamento olímpico. Na edição de 2005, todavia, foi reintroduzido um sistema de confronto direto, desta vez envolvendo seis times ("Top Six").  Na fase preliminar, cada time pode normalmente trabalhar com uma lista de dezoito jogadoras: a cada rodada, o técnico indica as doze que serão utilizadas nas partidas daquela semana. Na(s) fase(s) final(is), são permitidas apenas doze atletas.



Quadro geral

1 - Brasil: Ouro: 08; Prata: 02; Bronze: 01 - Total: 11 medalhas
2 - Rússia: Ouro: 03; Prata: 05; Bronze: 03 - Total: 11 medalhas
3 - Cuba: Ouro: 02; Prata: 04; Bronze: 02 - Total: 08 medalhas
4 - Eua: Ouro: 02; Prata: 00; Bronze: 02 - Total: 04 medalhas
5 - China: Ouro: 01; Prata: 04; Bronze: 03 - Total: 08 medalhas
6 - Holanda: Ouro: 01; Prata: 00; Bronze: 00 - Total: 01 medalha
7 - Itália: Ouro: 00; Prata: 02; Bronze: 03 - Total: 05 medalhas
8 - Alemanha: Ouro: 00; Prata: 00; Bronze: 02 - Total: 02 medalhas
9 - Coréia do Sul: Ouro: 00; Prata: 00; Bronze: 01 - Total: 01 medalha


Grand Prix 2010

O Grand Prix começa para o Brasil nesta sexta-feira, 06 de agosto na cidade de São Carlos, SP contra a equipe de Taiwan que será transmitido pela rede Globo e Canal Sportv às 09:20hs, horário de Brasília.

Aqui você terá informações exclusivas da competição diariamente.

Fonte: FIVB e CBV

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