segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Mudanças à vista na seleção feminina

Será que uma simples derrota significa dizer que a seleção feminina precise de mudanças na sua escalação ?
Pode ser que sim. Acho que perder para a Itália é normal e não vejo sinceramente nenhum problema nisso. Faz parte do campeonato, estamos nos preparando para o mundial e talvez outras derrotas ainda aconteçam.
Fizemos alguns amistosos, fracos por sinal, e não fomos exigidos. A questão é a cobrança e essa vai sempre exisitir, afinal estamos falando da seleção campeã olímpica.
Disse que era difícil e talvez injusto falar de Dani Lins após os jogos contra Taiwan e Japão. Pois é, mas e agora ?
Dani teve seu primeiro teste de verdade contra as italianas e não se saiu bem. Mas não culpo a levantadora do Brasil pela derrota. Ela pode ter errado na distribuição do jogo, tanto que foi substituída, mas o passe do Brasil esteve sofrível. Ruim mesmo e nesse caso nenhuma levantadora pode fazer milagre.
Fabíola entrou, a seleção mudou seu estilo de jogo, mas Fabíola ainda está desentrosada com as titulares. Acho que a seleção ganha no bloqueio com Fabiola, que precisa ser mais precisa nos levantamentos. Mas acho essa jogadora abusada e inteligente.



Porque não dar uma oportunidade de ver Fabíola começando como titular ?
Zé Roberto sabe bem que uma coisa é entrar no meio do jogo tendo obrigação de mudar o panorama da partida e outra é fazer uma simples inversão. Mas sair jogando, dá moral e é completamente diferente. Porque não ?
Os testes precisam ser feitos e o Grand Prix é a oportunidade.
Volto a repetir que Dani Lins pode ter suas qualidades, mas a Itália nos deu um claro exemplo com a levantadora Rondon que substituiu muito bem a titular Lo Bianco, eleita por Zé Roberto a melhor do mundo.
Então porque não testar ?
Lembro que Ana Tiemi terminou 2009 muito bem, colocando inclusive Dani no banco. Ou alguém esqueceu disso durante a Copa dos Campeões no ano passado ?
Zé Roberto fica numa situação complicada porque fazer experiências significa colocar em risco a classificação para o Grand Prix. Mas Zé Roberto sabe também da importância de testar as jogadoras e saber efetivamente com quem poderá contar para o mundial.
É a hora.
No meio não vejo motivos para mudanças. Fabiana e Thaísa sobram e certamente irão crescer durante o Grand Prix. Mas Adenízia também precisa ser usada, não vamos esquecer desse detalhe. Mas diferente de Fabíola, Adenízia não briga pela posição.
Nas pontas o treinador já deixou claro que Mari e Jaqueline são titulares e que na saída Sheilla é a dona da posição. Mas Zé pode ter problemas. O nome do problema se chama Natália. Problema ou solução ?
Natália entrou bem contra a Itália e mostra claramente que pode brigar por uma posição no time. Acho que hoje, ainda é banco, mas se mantiver o nível de atuação que teve diante da Itálial, pode e deve incomodar. Na ponta ou como oposta, Natália tem potencial para ser titular. Sheilla é regular demais, tem muita moral, respeito da comissão e das jogadoras, por isso Natália teria mais chances como ponteira.
Jaqueline errou alguns passes contra a Itália e Mari foi sacada. Não entendi a substituição, mas Zé deve saber o que está fazendo. Deve não, ele sabe.


Paula entrou e voltou para o banco. Está perdendo espaço.
O que o torcedor deve entender é que a seleção está se preparando para um campeonato mundial e os testes precisam ser feitos. Estar no banco ou jogando como titular pode ser literalmente uma posição de momento.

Fonte: Bruno Voloch

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